domingo, agosto 21, 2005

Quem és tu, de novo

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
e o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva ás esquinas do vislumbre
e toda a verdade em ti é coisa tão incerta e tão vasta
quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
quem és tu na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas de fuga
de toda a água que corre, de todo o vento que passa
quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
e vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
por favor, diz-me que és alguém de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
Eo meu ohar tem razões que o coração não frequenta
por favor diz-me quem és tu, de novo?


( Jorge Palma)

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